sábado, 28 de dezembro de 2013

Distimia


Não adianta quem tem depressão, terá depressão a vida toda. Há um post antigo, no qual eu me referia a depressão como um monstro que carregava um saco. Imaginação à parte, ela é mesmo um monstro terrível que leva de você a vontade de viver. Muitos se suicidam. Ela te impede de realizar tarefas simples, atividades diárias e o que você mais quer é uma cama, pra dormir e esquecer de tudo.
Eu tenho distimia e, tive uma crise há dias atrás. As pessoas acham que mudar de humor é normal, mas quando acontece do nada e sem motivo, ela acaba prejudicando você e quem está ao seu lado. (diga-se de passagem, pretendentes a namorados, ex namorados, colegas de trabalho e minha família, principalmente a santa da minha mãe).
A distimia é uma depressão leve mais persistente, você vive normalmente, ela não te derruba como outras doenças, mas ela afeta o seu humor. Ou você vê a vida cheia de borboletas ou sombria como as trevas do reino de Hades. Não é muito fácil expor essas fragilidades, mas escrever é garantia de que posso me ajudar e também posso ajudar outros. Quando temos um problema como esse é muito comum as pessoas dizerem que não é nada, que se você não tivesse uma perna, um braço, ou fosse cego (enfim, dizem barbaridades) você entenderia o que é sofrer. Mas não caia nessa, "cada um sabe a dor de ser quem é". Você não precisa ser um deficiente ou viver na Etiópia pra não se sentir que o mundo às vezes não é tão colorido assim. Aliás o mundo não é nada colorido, temos que nos adaptar a cada instante. E não são todos que se adaptam com facilidade. Se tem uma coisa boa que posso tirar da distimia e, que ela me proporciona uma melancólia intensa que me faz bem, são nesses momentos que escrevo e penso melhor, apesar de estar sempre sozinha. 


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