domingo, 25 de março de 2012

Hoje é um dia muito especial! Se fosse alguns meses atrás, o dia 25/03 não representaria nada, mas a vida é feita para nos surpreender! Como é magnífica a vida, quando do nada nos presenteia com pessoas especiais. Quando nos dá acima de tudo: amigos! Lindo, velho rabugento, sou uma pessoa melhor quando você está por perto. Parabéns!

Mais leituras...

Esse final de semana foi de leituras, aproveitei a abonada na sexta feira, a espera no consultório médico para colocar a leitura em dia, e devolver os livros emprestados... a primeira dica, é "Lendas da África moderna" encantador e muito póetico, adorei a primeira história que conta um pouco do ofício do contador... descrevendo uma história entre a cobra e o rato. Ótima!
"Os pestes" é um livro que você lê rapidamente, a leitura é interessante e corre, as ilustrações também são ótimas. No resumo bem geral, conta a história de um casal: Sr Peste e a Sra. Peste e as maldades que um faz para o outro, é um casamento que superou a crise e que vive sob os olhos da tortura, mas eles se merecem, e por isso, estão juntos e terminam juntos também. O Sr Peste é do tipo homem nojento, não toma banho, vive sujo e tem uma barba enorme, onde ficam presos pedacinhos de comida! A Sra Peste não fica muito longe não! ela é feia, mas não aquela feia, que parece bonita aos olhos dos outros. Ela é feia de maldade, das coisas horríveis que ela também faz. Tem um olho de vidro e problemas na perna. Eles comem torta de passarinhos, e possuem numa gaiola uma família de macacos (o macaco Simão, a macaca Catarina e seus dois filhinhos) e como eles sofrem! Eles são obrigados a treinar vários números de circo - tudo de cabeça pra baixo! Sim, porque o sonho do Sr Peste é ter o primeiro grande circo de macacos de cabeça pra baixo.
Roald Dahl escritor britânico já falecido,  escreveu vários livros, principalmente para o público infantil. Fiquei surpresa ao ler sua biografia e ver que foi ele que escreveu "a fantástica fábrica de chocolates" , "Matilda", James e o pêssego gigante","Fantástico Sr Raposo" e "gremlins" incrível né! muita de suas obras viraram filmes, ver link:
 http://mardehistorias.wordpress.com/2009/12/26/roald-dahl-iv-livros-que-viraram-filme/?blogsub=confirming#blog_subscription-3
Ele foi casado 30 anos com uma atriz americana e teve 5 filhos (eu adoro a vida privada dos escritores!). Adorei conhecê-lo.


sábado, 24 de março de 2012

O casaco de Pupa





"Aquilo que a lagarta chama de fim do mundo, o resto do mundo chama de borboleta" -
 Lao Tse

Sou apaixonada por livros infantis, principalmente por ilustrações (que são tudo em um livro). As imagens desse livro, falam por si. Realmente encantador! Mas vamos para a história...

"O casaco de Pupa" - Elena Ferrándiz

Toda manhã a menina metia-se no casaco de medos que usava desde pequenina e que foi crescendo com ela. E saía pelas ruas, coberta de MEDOS.
MEDO da solidão.
MEDO que não a queiram.
MEDO que a queiram.
MEDO de voar.
MEDO de afogar-se.
MEDO de sentir-se perdida.
MEDO que tudo mude.
MEDO que tudo continue igual. Igual, igual, igual, igual...
MEDO do futuro.
MEDO de repetir o passado. Passado.
MEDO de não avançar.
MEDO de dar um passo.
MEDO dos outros
MEDO dela mesma.
O casaco ficou pesado demais e ela já não conseguia ir a lugar nenhum. Então, encheu-se de coragem e resolveu livrar-se dele!
E voou.


Esse é um livro para todas as idades e principalmente para nós mulheres. Maravilhoso!

A autora e ilustradora é Elena Ferrándiz (Espanha) e tem um blog também encantador, onde divulga seu trabalho
eis o endereço:

http://elenaferrandiz.blogspot.com.br/

Vale a pena ter o livro em mãos, eu costumo dizer, que temos que olhar para o belo, (imagens, pinturas, fotografias...) acostumar a olhar lá dentro... abrir nosso repertório visual, acolher cada vez mais na memória, imagens que nos conectem a outras imagens... esse livro é uma daquelas imagens que carrego comigo, no meu repertório.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A foto é uma história congelada

Ah! como é bom ser criança! Eu não tive problemas com a minha infância, eu posso escrever sem qualquer receio que tive uma infância feliz, eu era a boneca da mamãe, o sonho da mãe extremosa, era a menina do papai, a doçura da vovó. A menina boazinha que sempre teve juízo, que sempre se interessou por coisas precocemente, fiz o meu primeiro bolo de chocolate (com auxílio da mamãe com apenas 6 anos de idade), aprendi a pintar, costurar, bordar, inventar... cuidar da casa, sim! Porque lá no quintal da minha casa, eu tinha um armário, com centenas de gibis, uma lousa pra brincar de ser professora (e era a maior lousa da vizinhança) e uma mesinha com cadeiras, onde eu debruçava alguns caderninhos e fazia a minha economia doméstica; eu era casada com o Super Homem, ele trabalhava muito, e eu cuidava muito bem da nossa casa. Bolinho de lama, e macarrão de grama era a minha especialidade! Eu sempre tive uma queda por super herois, um apreço em ser dona de casa e uma solidão antiga. Desde pequena, eu cultivo uma dorzinha que nem sei bem o que é. Ás vezes acho que sofro de sensibilidade aguçada, tem gente que defende como medo exagerado de vida. Mas nem eu, que possuo isso, sei explicar ao certo o que é. A dorzinha passa, quando escrevo algumas palavras, quando coloco pra fora palavras entaladas em mim. Alguns poetas dizem que as palavras não servem para escrever cartas de amor, nem pra falar ao telefone, nem pra rir, chorar, mentir, proferir... dizem que as palavras servem para fabricar poemas. As palavras pra mim, soltas, leves, cambaleantes depois de um gira a gira servem pra amenizar a dor. Essa dorzinha que já contei antes.

sábado, 3 de março de 2012

Eu ainda tenho medo de acreditar de novo,
medo, medo, medo, medo,
foi o ogro da floresta,
foi o dragão de komodo
foi o princípe sapo
que me destruiu por dentro,
que me feriu por dentro,
que cravou um punhal pela frente.

às vezes, eu encontro pelo caminho
o passado
ele não sorri pra mim,
ele me evita
ele corre
ele vive e bebe ao lado de outra

Eu sou das antigas
eu tenho ansia de paixão
tenho vontade de romantismo
tenho inveja dos casais
que se amam, por hoje
porque como diz a poesia
nada é eterno

E numa noite de sol
em meio a uma multidão
dentro de uma sala
esbarrei no desconhecido
o desconhecido não era comum
e eu gosto dos incomuns
o contra me atraia

e agora a sensação de solidão
se torna menos forte
a inveja dos casais ainda continua,
mas amanhã, quando for casal
terão inveja de mim
e gosto de saber disso

Quero acreditar
mas o medo impede
que eu feche totalmente
os olhos
e pule
mesmo sem pular, já amo
e o amor, se encontra nas pequenas coisas
que você traz.