sábado, 21 de janeiro de 2012

férias e filmes

Gosto muito de cinema, posso estar em qualquer humor que um filme é sempre bem vindo. Esses dias de férias, não foram de muita leitura, mas de muitos filmes, leitura imagética. E ontem, mesmo tendo um dia triste, mentiroso e com raiva, assisti a dois bons filmes.
O primeiro foi O planeta dos macacos - a origem, já havia sido recomendado, mas como me lembrava da saga/série que os meus pais assistiam quando eu era criança, e, eu não entendia nada, só que macacos mandavam em humanos, admito que tinha certo receio, e quase absoluta certeza de que não seria um filme pra guardar na memória. Puro engano, eu me apaixonei, assim que vi o macaquinho ainda bebê e desse ponto em diante, o filme acabou mexendo comigo, fiquei preocupada, chorei, me entreti tanto... e me emocionei com a história daquele macaco.
Sei que pode parecer patético, mas eu achei o filme muito triste... e chorei pra valer. E acabei entendendo aos 35 anos a série televisa que os meus pais assistiam. Agora eu entendia porque os humanos viviam enjaulados. Uma outra lembrança que me veio a cabeça, foi a doença retratada no filme, o Mal de Alzheimer, Doença de Alzheimer (DA) ou simplesmente Alzheimer uma doença degenerativa extremamente triste, que acometeu a minha avó Tereza, e que a levou embora sem lembranças. Nada pode ser mais triste do que não possuir lembranças. E de nada adianta uma caixa de lembranças, se você não a reconhece... eu mesmo, quando resolvo voltar ao passado, sei que esqueci de tantas coisas. (futura portadora de Alzheimer).

E não sei se foi pra piorar o meu estado, acabei vendo logo após o filme "Um novo despertar"
Não vou ficar aqui, contando sobre o filme, para isso existem sites especialistas em sinopses, mas o filme fala sobre o grande mal do século, ou eu diria do futuro da humanidade - a depressão. Só quem vivi, pois não acredito que ela tenha cura, sabe como é... psicológos, terapeutas, terapias alternativas, budismo, livros de auto ajuda, psicotrópicos, insônia, fome, inferioridade, psiquiatra, geração Prozac... tudo isso e mais um pouco faz parte do vocabulário de um depressivo. Suicídio também, mas como diria a minha querida Dorothy Parker:
"Navalhas machucam, rios são úmidos, ácidos mancham e drogas dão cãimbras, armas são ilegais, nó escorrega, gás tem mau cheiro, é melhor viver" todo depressivo já pensou em pelo menos uma vez terminar tudo em morte. Mas aí, vem essa série de obstáculos e você acha melhor sobreviver.
Eu tenho depressão há anos, e vira e mexe, eu dou uma requebrada, e passo longos períodos numa boa...mas às vezes, algo entristece mais do que deveria... e vem aquela dor... um desânimo, que só a cama para te aguentar. O filme é sobre um depressivo. Ele conhece um bicho de pelúcia e tenta com sucesso provisório, melhorar, mas depois, como é conhecido dos depressivos, ele cai de novo. O filme mostra pelo olhar da diretora Jodie Foster, a importãncia da família, do acolhimento. Necessário para um depressivo, mas infelizmente não o suficiente para curá-lo.
Enfim, sessão de cinema, com lágrimas...

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