domingo, 1 de setembro de 2013

Dorinha



Mesmo sem pedir permissão, quero escrever sobre essa mulher que conheci há poucos meses, mas que fez uma grande diferença na minha vida de mulher. 
Mulher sem preconceitos, mulher experiente, vivida e calejada pelas mazelas da vida. Teve filhos, um infelizmente perdeu em consequências trágicas, os outros estão por aí, permeando a vida dela, sem muita presença. Teve a perda do companheiro, teve dores e doenças. Mas nada disso a deixa de ser menina!
Ela gosta de músicas antigas e, canta tão bem, tem a voz doce.
Seus olhos castanhos, ficam marejados ao ouvir um elogio, por mais bobo que o seja.
Mente a idade, como toda boa mulher,  mas pra mim, ela não tem idade.
Uma menina, que sorri e ri da vida, independente se o dia esteja nublado ou com sol.
Que come, as guloseimas como quem experimenta pela primeira vez, se lambuza e ainda pedi bis.
Uma mãe,  uma avó sábia que todos gostariam de ter ao lado,  ou contando histórias, ou dando conselhos, ou aferindo a febre, ou trazendo um consolo nos braços.
O que ela quer... é somente ser feliz
Ser amada nas pequenas e singelas oportunidades da vida. 

Hoje eu quero a rosa mais linda que houver 
E a primeira estrela que vier 
Para enfeitar a noite do meu bem 
Hoje eu quero a paz de criança dormindo 
E o abandono de flores se abrindo 
Para enfeitar a noite do meu bem 
Quero a alegria de um barco voltando 
Quero a ternura de mãos se encontrando 
Para enfeitar a noite do meu bem 
Ah! eu quero o amor o amor mais profundo 
Eu quero toda beleza do mundo 
Para enfeitar a noite do meu bem 
Ah! como este bem demorou a chegar 
Eu já nem sei se terei no olhar 
Toda ternura que eu quero lhe dar. 
Dolores Duran

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