Faz tempo que não escrevo, a vida vai passando... coisas acontecem e a gente esquece de dar o devido valor, respeito e carinho por elas. Esquecemos até de agradecer pela vida nos ofertada a cada dia.
Hoje eu quero falar da minha avó Tereza, me bateu uma saudade dela... Vovó era uma mulher muito rígida, mas comigo seu coração sempre amolecia. Gosto de cozinhar e devo isso a ela. Adorava passar as férias em sua casa e pedir centenas de pratos que só a vovó sabia fazer; doce de leite (que ela guardava em cima da geladeira), coxinha de cará (e a coxinha dela era com carne de panela desfiada), risóles de queijo, sagu de leite com açúcar queimado, pão doce (era uma longa trança, recheada)... coxas de galinha na panela bem amarelinhas, couve refogadinha com feijão... nossa, eu sinto o cheiro da vovó. E abraçá-la então? Que delícia, ela era geladinha e macia. Beijava sua bochecha e dizia um sonoro eu te amo. Como é bom ter avó, pelo menos eu tive o privilégio de ter a melhor! Quando ela adoeceu, eu me entristeci, perdi a minha avó, olhando pra ela. Vovó sofreu com uma doença degenerativa por sete anos. Ela esqueceu tudo. Primeiro esqueceu as chaves de casa, depois se trancou num mundo só dela. Perguntava quem eu era? me dava outros nomes, queria que eu a levasse para sua mãe, queria lavar roupa no rio e um dia, ela se foi. Se foi daqui, porque ela ainda vive em mim, em cada prato saboroso que eu me proponho a fazer.
Vovó Tereza eu te amo muito, e sei que posso contar com você.
sua neta mais velha e querida Tatiana
Olá Tati!
ResponderExcluirAs suas lembranças e saudades de sua avó Tereza chegaram até mim, e recordei as que eu tenho de minha avó Cida.
É tanta saudade que não cabe em mim! Obrigado.
Prazer em estar aqui!
“Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso” (Jefhcardoso)
Gostaria de lhe convidar para que comentasse a minha crônica “A CASA DE PORTINARI”. Ok?
Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com