para Taninha
Dizem que amor de mãe é o mais puro e significativo do mundo.
Eu ouço todos os dias: "Você não é mãe! Não conhece o verdadeiro amor!
Não conheço???
Eu não considero bebês chatos, não ter sido mãe não foi uma opção (ou foi...). Não vou ter filhos pra não ficar sozinha no futuro, ou para testemunhar o surgimento da vida, ter herdeiros, ou por não pensar no assunto.
É comum, e se você tem quase 40 anos e ainda não tem filhos, as pessoas dizendo o quanto você é feliz por poder dormir o quanto quiser, ter liberdade para poder sair quando quiser e viajar para Londres de uma hora para outra (como se você fizesse sempre isso).
Ás vezes até sai umas piadinhas sobre seu relógio biológico, sempre consertadas com os avanços da medicina, mas o fato é que se você não é mãe, você não conhece o amor verdadeiro.
Eu fico pensando nisso... isso me dói...
E me vem a cabeça, o amor que eu sinto pela minha mãe.
É um amor tão grande, é sorriso, lágrimas, cumplicidade, carinho, histórias, risos, beijos, abraços, Deus, ateísmo, troca, circo, pão, conhecimento, vida... e tudo e não tem palavras.
Mamãe é a pessoa que reza por mim, que acredita em mim, mesmo quando eu não acredito.
Ela é a pessoa mais bonita que eu já conheci. A mais ingênua, contraditória e sábia.
E como a amo. Posso não ser mãe, mas sou filha. Uma filha apaixonada que conhece o amor.
Estou do seu lado para tudo, saiba sempre disso.
Com você, vou de olhos fechados.