segunda-feira, 6 de maio de 2013
pássaros coloridos
Viver é um aprendizado e tanto e, achar que por um tempo eu até pensei em desistir dessa luta diária. Hoje eu me sinto tão bem, comecei a compreender porque as coisas vem e vão. Que temos períodos, que a felicidade se constrói em momentos. Acho até que comecei a me curar de um mal que me atormentava. Eu sei que essa sensação boa vai passar, e como comida que se leva a boca. Mas quero vivê-la agora, porque a felicidade é minha por direito. Ela tem cheiro e tem sabor. Tem nome. E o que passou... passou... ora bolas, era tão fácil compreender, mas eu cega, nada via. Hoje vejo pássaros coloridos!
domingo, 24 de março de 2013
Presente poema
para Jairo, amigo querido
Quero escrever sem muito pensar,
quero escrever apenas para lhe desejar,
que na sua vida que segue...
Coisas absolutamente boas possam acontecer...
Ofertas de empregos tentadoras
carteira recheada
Um lugarzinho só seu...
Cama macia e lençol limpinho
filho crescendo saudável
amizades renovadas
e novas amizades a surgir
inesperados presentes
comida farta e boa
e bebida também!
Um ventilador sempre
por perto, pra refrescar
os calores da idade
e os pensamentos
E o silêncio, manifesto seu
contra o mundo
Que a sua vida possa
ser longa...
mesmo você acreditando
que já viveu demais
Que seu sono possa
ser profundo,
Que seus íntimos desejos
possam ser realizados
Acho que vi pouco sobre você
Acho que sei muito pouco de você
Mas creio que vi algo
novo em seus olhos nos
últimos tempos
e não falo de amor
ou de outras sentimentalidades
falo de mudanças, de fases...
da confiança, presente
que outrora pensei em te
presentear, mas cá
pra nós, você tem tudo e
mais um pouco pra ser feliz!
Parabéns!
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
o que?
Eu tenho uma vontade de perguntar pra vida o que eu tenho feito de errado pra ela
o que minha filha?
Eu não tenho grandes aspirações... São desejos tão pequenos. São verbos:
ESQUECER
SOBREVIVER
REVIVER
APRENDER
ENTENDER
Pra quem saber voltar a ACREDITAR, AMAR, USAR, VIVER, ENLOUQUECER e por um bom tempo não PERDER
o que minha filha?
Eu não tenho grandes aspirações... São desejos tão pequenos. São verbos:
ESQUECER
SOBREVIVER
REVIVER
APRENDER
ENTENDER
Pra quem saber voltar a ACREDITAR, AMAR, USAR, VIVER, ENLOUQUECER e por um bom tempo não PERDER
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Somente vidas
Eu tenho um grande amor por algumas vidas...
Por aquela mulher que superou o preconceito e as dúvidas e se casou com um ex travesti e drogado. A reportagem da TV atribui o mérito ao homem, mas vejo na mulher a figura da coragem e do amor verdadeiro.
E aquele pedreiro simples que carrega uma mulher estúpida na bicicleta.
E o velho de cabelos brancos que não soube dar valor a mulher que tinha e hoje ao ouvir o nome dela, seus olhos ficam marejados de arrependimento.
A filha que perdeu a mãe e jamais esquecerá, mesmo tendo um marido e uma filhinha.
A mulher quase perto dos 40 anos que ainda espera por um amor distante.
A menina que tem dúvidas quanto ao primeiro beijo e tenta simular a língua se movimentando através do espelho.
O homem com ovos de solitária na cabeça e coração despedaçado.
A vizinha velha que queria ter conhecido outros homens.
O homem que perdeu o irmão e nunca superou e entendeu por que as pessoas partem.
A senhora que antes lúcida, só pergunta agora: - Quem são vocês?
Ao homem que construiu a sua casa e agora dorme todas as noites mais tranquilo
Aquele que espera o resultado do concurso, da entrevista, da oportunidade.
A professora que nunca teve um namorado e hoje cria os sobrinhos.
Ao garoto que passa todos os dias na frente da casa da mulher, só pra vê-la chegar com seu lenço amarrado no pescoço.
Ao velho solitário que procura sexo pela internet.
A mãe adotiva que tem medo que a filha queira voltar ao orfanato para ficar com os irmãos.
A moça que compra sacolas recicláveis, mas não porque pensa na preservação, mas porque quer se preservar do contato com os homens.
Ao veterinário que quer ser piloto de avião.
A amiga que ama o amigo há mais de 5 anos, mas que ainda ajuda a comprar os presentes para a futura esposa.
A cachorra velha que foi abandonada porque não combinava com a nova casa.
A empregada que passa aquela blusa de seda da patroa e, que sempre teve vontade de experimentar.
A mãe que não se perdoa por ter gerado um filho deficiente.
Ao aposentando bissexual que escreve romances
A obesa triste que trabalha com as mãos.
A solteirona que se converteu a igreja de olho no moço de 40 anos.
Ao homem que procura até hoje pelo cheiro da namorada, após o bolero de Ravel.
A mulher que rasgou todas as fotos da sua única viagem ao exterior por conta do divórcio.
Ao homem que não perdoou a traição da esposa.
A médica que perdeu um bebê e que morreu sem o perdão da mãe.
Ao moço estranho que só quer ser conhecido pela sua excentricidade.
A professora que se ruborizou com o elogio de um pai solteiro.
A secretária que todo dia passa pano com álcool na mesa do chefe, mas sonha ser uma grande chef de cozinha.
A menina que guarda o dinheiro para a primeira tatuagem, embora ela nem saiba o que tatuar.
A moça que cola borboletas na geladeira vazia.
o velho que nunca conheceu o mar
a casada que anseia por um jantar fora e um beijo de despedidas.
O moço que leu tanto e que se perdeu dentro de um livro.
E assim vão vivendo tantos
E quando morrem desaparecem
Para quem sabe um dia virarem estrelas no céu.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Do que são capazes os papeis?
Acabei de assistir "Paperman" um curta metragem da Disney/Pixar, indicado ao Oscar e, pelo que estava lendo, o curta utiliza de uma nova tecnologia, que parece inédita nos filmes de animação. Mas apesar da técnica, dos traços do desenho serem belos, a história é simplesmente linda. Num dia qualquer, duas pessoas se encontram numa cidade grande e por conta de um fato cômico, uma ligação acontece. São aviões de papeis que levaram ao reencontro, que levaram o rapaz a "moça dos seus sonhos".
E do que são capazes os papeis, me lembrei de um fato não tão romântico, mas tão consolador que aconteceu comigo anos atrás. Quando morávamos numa republica, na época em que estudávamos, eu vivia uma fase Renoir. Eu pintava telas nas horas vagas das leituras de Marx, mas nunca tive o cuidado de guardar as minhas tintas, e as deixava numa sacolinha de supermercado, guardadas próximas a minha cama. E foi num dia qualquer, que uma mulher se ofereceu pra fazer uma faxina, era conhecida de todos os estudantes e a faxina completa nos pouparia horas de esforço. Aceitamos! Após a faxina feita, a casa brilhava... tudo em seu devido lugar. Fui terminar um quadro, que me renderia um dinheirinho para uma cerveja com as amigas, mas aonde estavam as tintas? Cadê as tintas? Mas como poderiam desaparecer? Não as encontrei, não fiquei com raiva, apenas me senti abandonada, foi quando uma das meninas que moravam comigo e, com grande espírito curioso foi até a rua, bisbilhotar no saco de lixo. Em meio a poeira, cabelos e embalagens vazias, lá estavam as minhas tintas, amassadas, apertadas, machucadas...
Fui dormir e quando acordei havia em cima da cama, um pequeno papel com os seguintes dizeres: "O que são capazes os brutos, levam o sol, a lua e levam as tintas, mas não se preocupe, sua vida é cheia de cores"
Era um bilhete da minha sensível amiga Patrícia, que jamais esqueci e que guardo até hoje comigo.
Do que são capazes os papeis? eles me lembram que a minha mãe me ama e que eu preciso dar comida para os meus cães (mamãe tem o hábito, de sempre me deixar bilhetes). Amo também, o papel da conta de telefone, onde meu pai escreveu certa vez - "Tati, vá calibrar os pneus antes de sair com o carro".
As cartas de amor, trocadas com um namorado de Minas Gerais, os cartões de natal dos amigos que já nem se encontram mais aqui. O cartão musical que não havia nada escrito, as letras tortuosas do meu avô Benedito dizendo que me amava num desses cadernos de recordações. As covardes despedidas, pedidos de dinheiro e desculpas. Os papeis são capazes de nos conduzir, acalentar, sentir raiva e amar. Sou cercada de papeis especiais guardados numa caixa velha... quando quero me reencontrar, vou até eles, pois a minha vida é cheia de cores.
E do que são capazes os papeis, me lembrei de um fato não tão romântico, mas tão consolador que aconteceu comigo anos atrás. Quando morávamos numa republica, na época em que estudávamos, eu vivia uma fase Renoir. Eu pintava telas nas horas vagas das leituras de Marx, mas nunca tive o cuidado de guardar as minhas tintas, e as deixava numa sacolinha de supermercado, guardadas próximas a minha cama. E foi num dia qualquer, que uma mulher se ofereceu pra fazer uma faxina, era conhecida de todos os estudantes e a faxina completa nos pouparia horas de esforço. Aceitamos! Após a faxina feita, a casa brilhava... tudo em seu devido lugar. Fui terminar um quadro, que me renderia um dinheirinho para uma cerveja com as amigas, mas aonde estavam as tintas? Cadê as tintas? Mas como poderiam desaparecer? Não as encontrei, não fiquei com raiva, apenas me senti abandonada, foi quando uma das meninas que moravam comigo e, com grande espírito curioso foi até a rua, bisbilhotar no saco de lixo. Em meio a poeira, cabelos e embalagens vazias, lá estavam as minhas tintas, amassadas, apertadas, machucadas...
Fui dormir e quando acordei havia em cima da cama, um pequeno papel com os seguintes dizeres: "O que são capazes os brutos, levam o sol, a lua e levam as tintas, mas não se preocupe, sua vida é cheia de cores"
Era um bilhete da minha sensível amiga Patrícia, que jamais esqueci e que guardo até hoje comigo.
Do que são capazes os papeis? eles me lembram que a minha mãe me ama e que eu preciso dar comida para os meus cães (mamãe tem o hábito, de sempre me deixar bilhetes). Amo também, o papel da conta de telefone, onde meu pai escreveu certa vez - "Tati, vá calibrar os pneus antes de sair com o carro".
As cartas de amor, trocadas com um namorado de Minas Gerais, os cartões de natal dos amigos que já nem se encontram mais aqui. O cartão musical que não havia nada escrito, as letras tortuosas do meu avô Benedito dizendo que me amava num desses cadernos de recordações. As covardes despedidas, pedidos de dinheiro e desculpas. Os papeis são capazes de nos conduzir, acalentar, sentir raiva e amar. Sou cercada de papeis especiais guardados numa caixa velha... quando quero me reencontrar, vou até eles, pois a minha vida é cheia de cores.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Sobre a angustiosa sensação de perda
Graças a indústria farmacêutica mesmo atribulada aos problemas, ao ingerir um pequeno mas sagaz comprimido, consigo esquecer de tudo e dormir tranquilamente. Ao acordar, sei que os problemas, as dores e as estranhas sensações estarão à tona. Mas é reconfortante uma bela noite de sono, mesmo que seja por intermédios artificiais.
Hoje acordei com uma angustia típica da sensação de perda, pra piorar, ainda assisti ao noticiário sobre a terrível tragédia sobre a boate em Santa Maria, jovens que tinham tanto pra viver e agora tantos sonhos desfeitos. Mas como todo bom ser humano, egoísta que sou, penso também na grande perda que tive ontem. De uma inteligência fora do comum, de brincadeiras sarcásticas, que tive que me habituar e de um sorriso que iluminava todo o rosto. Datado, mal acabara de fazer aniversário de conhecimento, escorregou das minhas mãos. Sua presença foi memorável, houve grandes e significativas mudanças em mim. Continuo achando velho, lindo e rabugento e que você, tem medo de ser feliz, parece que o caminho natural das coisas é ser triste e que pra todos os seus sonhos, você necessite de dinheiro. Tantos querem a projeção e você o anonimato, peço desculpas pelas minhas palavras, mas sabe que preciso escrever para que sobreviva a esse mundo tão maluco. Tenho pouca memória e sei que continuo o percurso sem você. Foi um sonho forte, sei que sou inquieta e desesperançosa, mas sei que existe amor dentro de mim. E nesse amor, que desejo que seja feliz. Estarei na platéia torcendo muito. Se pudesse lhe dar um presente, seria a confiança! Confia no que já viveu e dê novas chances pra ser feliz. Pois você tem tudo o que eu gostaria de ter! Amo pra sempre e obrigada por tudo!
Hoje acordei com uma angustia típica da sensação de perda, pra piorar, ainda assisti ao noticiário sobre a terrível tragédia sobre a boate em Santa Maria, jovens que tinham tanto pra viver e agora tantos sonhos desfeitos. Mas como todo bom ser humano, egoísta que sou, penso também na grande perda que tive ontem. De uma inteligência fora do comum, de brincadeiras sarcásticas, que tive que me habituar e de um sorriso que iluminava todo o rosto. Datado, mal acabara de fazer aniversário de conhecimento, escorregou das minhas mãos. Sua presença foi memorável, houve grandes e significativas mudanças em mim. Continuo achando velho, lindo e rabugento e que você, tem medo de ser feliz, parece que o caminho natural das coisas é ser triste e que pra todos os seus sonhos, você necessite de dinheiro. Tantos querem a projeção e você o anonimato, peço desculpas pelas minhas palavras, mas sabe que preciso escrever para que sobreviva a esse mundo tão maluco. Tenho pouca memória e sei que continuo o percurso sem você. Foi um sonho forte, sei que sou inquieta e desesperançosa, mas sei que existe amor dentro de mim. E nesse amor, que desejo que seja feliz. Estarei na platéia torcendo muito. Se pudesse lhe dar um presente, seria a confiança! Confia no que já viveu e dê novas chances pra ser feliz. Pois você tem tudo o que eu gostaria de ter! Amo pra sempre e obrigada por tudo!
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
O homem honesto
Era uma vez um rei que queria muito encontrar um homem honesto, em quem pudesse depositar toda sua confiança para exercer um cargo importante na administração dos seus bens. Não sabia que critério adotar na escolha e resolveu pedir a colaboração de seu conselheiro real.
o conselheiro respondeu: - Reúna no salão todos os candidatos ao posto que eu lhe indicarei o homem mais honesto. Vossa majestade deverá apenas, no horário oportuno, pedir que eles dancem.
O rei estranhou a ideia, mas decidiu atender e convocou os pretendentes ao salão de audiências, passando um a um por um corredor longo e escuro. Depois da prova, novamente reunidos o rei pediu a palavra:
- Antes de mais nada, desejo ter o prazer de vê-los dançar!
-Não sei dançar - exclamou o primeiro.
-Sofro de reumatismo - disse o segundo.
-Meus pés estão inchados - retrucou o terceiro
E as desculpas se sucederam.
Apenas um homem, de aparência modesta, dispôs-se tranquilamente a fazer a vontade do rei, embora não considerasse um conhecedor na arte da dança, pôs-se a dançar.
Imediatamente o conselheiro tomou a palavra:
-Este é o homem honesto! pode escolhê-lo majestade. E explicou, mandei colocar sacolas abertas cheias de moedas de ouro, no corredor por onde esses homens tiveram de passar. Se algum desonesto enchesse o bolso de moedas, ficaria impedido de dançar, porque as moedas tilintariam nos bolsos ou cairiam no chão. os que recusaram a dançar, temeram revelar sua fraqueza e na frente do rei, os ladrões foram desmascarados.
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