Hoje a garota tentou pela última vez, ficou sentada esperando ele passar e mais uma vez tentou falar, rememorar o passado, mas não na tentativa de voltar, mas de limpar com água limpa e cristalina os últimos pingos de sujeira que insistem em grudar no seu mais predileto casaco. Como sempre ele foi bruto, ríspido, desgradável ao ponto de deixar nela a mesma marca: a do arrependimento. Arrepende-se de tudo e principalmente por esperar uma conversa que nunca acontecerá, uma limpeza que nunca a higienizará. Pensa no tempo desperdiçado, nas chances sem muitas expectativas. Volta pisando leve, quase chorando, pega a bicicleta e percorre as ruas, já com lágrimas nos olhos. Vive só, apenas um gato vira lata a faz companhia. Dorme sozinha e seu útero em desuso dói. Até quando comprará livros de auto ajuda? Até quando se olhará no espelho e fará consigo aquele breve diálogo. Até quando se entupirá de remedios? Até quando viverá pra ver o mundo apodrecer de mesquinhez.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Só um minutinho...
Quando a vovó acordou pela manhã, ouviu batidas na porta, sabe quem era? Era o Senhor Esqueleto, que ajeitou o chapeu e disse que estava na hora da vovó ir embora com ele.
- só um minutinho, disse a vovó, antes eu tenho que varrer 1 casa.
O senhor Esqueleto sentou, afinal, tinha tempo... 1 casa varrida, vamos?
- só um minutinho, disse a vovó, tenho que ferver 2 bules de chá.
O senhor Esqueleto suspirou e esperar mais um pouquinho não faria mal, 2 bules de chá fervido, vamos?
- só um minutinho Senhor Esqueleto, tenho que fazer 3 tortas.
o senhor Esqueleto revirou os olhos, ele precisava ter muita paciência mesmo, 3 tortas feitas, vamos?
- só um minutinho, tenho que fatiar 4 frutas.
O Senhor Esqueleto franziu a testa, estava demorando demais da conta, mais do que ele imaginava, 4 frutas fatiadas, podemos ir agora???
- só um minutinho Senhor Esqueleto, agora tenho que fazer 5 queijos.
O Senhor Esqueleto batia com os dedos na mesa, isso já estava passando dos limites! 5 queijos prontos, agora vamos?
- só um minutinho Senhor esqueleto, agora preciso fazer 6 panelas de comida.
O Senhor esqueleto levantou os braços e sacudiu as mãos, o que mais ele podia fazer, 6 panelas de comida feita, deu o braço para a vovò e disse: vamos?
- Só um minutinho Senhor Esqueleto, agora eu tenho que plantar 7 mudinhas de manjericão.
O Senhor esqueleto, sacudiu a cabeça, já estava ficando tarde! plantadas as mudinhas, vamos?
- só um minutinho Senhor Esqueleto, eu já vou, mas antes tenho que arrumar 8 pratos de comida na mesa.
Chega! O Senhor Esqueleto já não aguentava mais, 8 pratos de comida prontos! agora vamos!
Olha só Senhor esqueleto, ali, vem meus netos!
O senhor Esqueleto respirou fundo e contou, 1,2,3,4,5,6,7,8...9
9 netos lindos correndo porta adentro, as crianças sentaram a mesa, cada uma no seu lugar.
-Agora todos os meus convidados estão aqui, e formam 10, o número 10 é o Senhor esqueleto!
Estava na hora de comemorar o aniversário da vovó, quando o bolo chegou, todo acesso, a vovó apagou como um furacão! Quando a festinha acabou a vovó, beijou todos os netos, um, por um.
E então anunciou: - Estou pronta Senhor Esqueleto, mas puxa vida, aonde estava o Senhor esqueleto, vovó, só encontrou um bilheteque dizia:
"Querida vovó
Sua festa de aniversário foi um assombro! Eu nunca me diverti tanto! Não quero perder sua próxima festa por nada neste mundo. Sinceramente. Senhor Esqueleto"
- só um minutinho, disse a vovó, antes eu tenho que varrer 1 casa.
O senhor Esqueleto sentou, afinal, tinha tempo... 1 casa varrida, vamos?
- só um minutinho, disse a vovó, tenho que ferver 2 bules de chá.
O senhor Esqueleto suspirou e esperar mais um pouquinho não faria mal, 2 bules de chá fervido, vamos?
- só um minutinho Senhor Esqueleto, tenho que fazer 3 tortas.
o senhor Esqueleto revirou os olhos, ele precisava ter muita paciência mesmo, 3 tortas feitas, vamos?
- só um minutinho, tenho que fatiar 4 frutas.
O Senhor Esqueleto franziu a testa, estava demorando demais da conta, mais do que ele imaginava, 4 frutas fatiadas, podemos ir agora???
- só um minutinho Senhor Esqueleto, agora tenho que fazer 5 queijos.
O Senhor Esqueleto batia com os dedos na mesa, isso já estava passando dos limites! 5 queijos prontos, agora vamos?
- só um minutinho Senhor esqueleto, agora preciso fazer 6 panelas de comida.
O Senhor esqueleto levantou os braços e sacudiu as mãos, o que mais ele podia fazer, 6 panelas de comida feita, deu o braço para a vovò e disse: vamos?
- Só um minutinho Senhor Esqueleto, agora eu tenho que plantar 7 mudinhas de manjericão.
O Senhor esqueleto, sacudiu a cabeça, já estava ficando tarde! plantadas as mudinhas, vamos?
- só um minutinho Senhor Esqueleto, eu já vou, mas antes tenho que arrumar 8 pratos de comida na mesa.
Chega! O Senhor Esqueleto já não aguentava mais, 8 pratos de comida prontos! agora vamos!
Olha só Senhor esqueleto, ali, vem meus netos!
O senhor Esqueleto respirou fundo e contou, 1,2,3,4,5,6,7,8...9
9 netos lindos correndo porta adentro, as crianças sentaram a mesa, cada uma no seu lugar.
-Agora todos os meus convidados estão aqui, e formam 10, o número 10 é o Senhor esqueleto!
Estava na hora de comemorar o aniversário da vovó, quando o bolo chegou, todo acesso, a vovó apagou como um furacão! Quando a festinha acabou a vovó, beijou todos os netos, um, por um.
E então anunciou: - Estou pronta Senhor Esqueleto, mas puxa vida, aonde estava o Senhor esqueleto, vovó, só encontrou um bilheteque dizia:
"Querida vovó
Sua festa de aniversário foi um assombro! Eu nunca me diverti tanto! Não quero perder sua próxima festa por nada neste mundo. Sinceramente. Senhor Esqueleto"
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
O vaso de ouro
Era uma vez, há muito tempo atrás, um sultão muito malvado. Seu coração era duro como pedra, não sentia pena de ninguém. Todos tinham medo dele, do mais humilde ao mais poderoso. E ele só tinha medo de uma coisa no mundo: de envelhecer! Todos os dias passava horas e horas sentado em suas almofadas, de espelho na mão. Ficava examinando o próprio rosto. Se via um cabelinho branco, na hora mandava tingir, se percebia uma ruga, passava creme e ficava massageando pra ver se a ruga desaparecia. Ele ahava que todo mundo o temia, porque era jovem e que se um dia ficasse velho, ninguém mais o obedeceria. E para que nada lembrasse a velhice, o sultão malvado ordenou que todos os velhos fossem mortos, só queria ver rostos jovens ao seu lado. Infeliz daqueles que os cabelos ficassem grisalhos, eram conduzidos em praça pública pelos guardas e dacapitados! De toda parte chegavam mulheres, crianças, mocinhas e rapazes, para implorar ao sultão que poupasse a vida de um marido ou de um pai. Mas o sultão era inflexível! Até que um dia, resolveu anunciar a todos: "Escutai todos, eu o generoso sultão, vou conceder uma graça, aquele que conseguir recuperar o vaso de ouro que caiu no fundo do lago, perto do palácio, terá como recompensa o perdão da vida de seu pai e poderá ficar com o vaso, tamanha é minha generosidade" - "mas quem não conseguir pegar o vaso, terá a própria cabeça cortada! e isso acontecerá todas as manhãs, essa é a minha vontade.
Rapidamente na manhã seguinte, havia muitos jovens, todos queriam recuperar o vaso de ouro. Os bons nadadores achavam a prova fácil, a margem do lago era alta e quem se debruçasse um pouco percebia com nitidez, no fundo da água clara e transparente, um maravilhoso vaso de ouro. Noventa e nove dias se passaram e noventa e nove mocinhos tiveram as cabeças cortadas. Nenhum deles conseguia chegar ao vaso de ouro. Havia um mocinho chamado Asker, que se deu conta que seu pai estava começando a envelhecer, quando os cabelos brancos começaram a se misturar aos negros, levou o pai as montanhas para escondê-lo e todos os dias levava comida e fazia sua visita. Quando soube na notícia, resolveu que tentaria, estava cansado de toda noite ir até a montanha e queria que o pai voltasse a ter uma vida normal. Começou então a pensar noite e dia no vaso do sultão e não conseguia entender porque quando se olha da margem, é possível enxergar o vaso com nitidez, que parece que é só estender a mão para pegá-lo e no entanto quando se mergulha, a água fica turva e o vaso desaparece. Sem dizer nada o velho escutava o filho falar, depois pensou, pensou e perguntou:
- Diga meu filho, por acaso não haveria uma árvore qualquer na margem, junto do lugar que avista o vaso?
- Sim meu pai - respondeu o jovem, bem na margem, há uma árvore muito grande, frondosa.
-Procure lembrar meu filho, a árvore reflete na água?
- Sim meu pai, a árvore reflete.
- E o vaso não é visível justamente no meio do reflexo da árvore?
- Sim, é no reflexo verde da árvore que se avista o vaso.
- Então ouça o que eu vou lhe dizer, suba na árvore e lá que o vaso está. O que você vê é o reflexo.
Rápido como uma flecha, o rapaz desceu a montanha e no dia seguinte, pela manhã, era o primeiro a tentar capturar o vaso de ouro.
- juro por minha cabeça que encontrarei o vaso - disse o moço
- dúvido! ria o sultão.
Asker foi ao beira do lago e sem hesitar um segundo, ao invés de se jogar na água, aproximou da árvore e subiu em seus troncos, chegou ao topo da árvore e pendurado entre as folhas, encontrou o vaso de ouro. O jovem trouxe o vaso para o sultão, que impressionado disse: - eu não tinha ideia de que era tão inteligente.
- Não, respondeu Asker, sozinho eu nunca teria tido essa ideia, mas tenho um velho pai, que escondi na montanha, foi ele que adivinhou onde estava o vaso.
- Ah foi isso! - disse o sultão, então seria o caso de crer que os idosos são mais inteligentes que os mais jovens, pois mesmo estando longe do lago, um velho encontrou o que cem rapazes não viram...
E desde aquela época, no pais daquele sultão, todo mundo passou a venerar os velhos e, quando passa um velho de cabelos brancos e pele enrugada, todos lhe dão lugar e fazem reverência profunda.
A menina e os botões
Não era dada a brincadeiras de rua, não porque sua mãe não deixava, mas porque o contato humano e infantil quase não lhe fazia falta. Havia coisas que não conseguia fazer e, uma delas era subir nas escadas do escorregador do parquinho. Ela tentava, subia até o segundo degrau, mas ao terceiro suas pernas tremiam e sentia muito medo. As crianças passavam por ela em maratona, subiam as escadas, sentavam e acomodavam o bumbum lá em cima e podiam ter aquela sensação de liberdade. Pelo menos era isso que ela pensava... liberdade. Tinha alguns que abriam os braços e escorregavam como se estivessem descendo do céu a Terra. Ela engolia seco aquela vontade e se sentia muito triste. Seus pais até que tentavam ajudá-la, mas ela não permitia ajuda. Aprendera desde cedo, a lidar com as pequenas frustrações.
Mas quando chegava em casa e pisava com seus pequenos pés no tapete azul que cobria toda a sala, ela se sentia bem, rapidamente buscava a sua caixa, sua caixa de sapatos, dentro havia várias caixinhas de fosfóros e, cada uma carregava um sobrenome. Dentro de cada uma, existia vida, existia uma família. A menina minuciosamente montava sem pressa a sua cidade. Os botões de paletó eram os homens distintos que saiam logo cedo para o trabalho, as mulheres no geral ficavam em casa, cuidando dos botões menores. Era uma incrível cidade habitada por botões. Alguns tinham uma vida cheia de prazeres... enormes casas, empregados, viagens, muito dinheiro. Outros aceitavam um trabalho modesto. Não havia igrejas, os casamentos eram feitos em lindos parques, as noivas eram botões encapados de branco. Eram lindas!
A menina passava horas com seus botões. A mãe dizia que nem parecia ter uma criança em casa. A menina tinha fixação por botões e ficou assim também com as roupas das visitas, quando alguém chegava, a primeira coisa a olhar eram os botões e com isso imaginava como seria bom tê-los. Algumas vezes, acontecia de um botão se perder... alguns também se perdiam embaixo do sofá... e alguns morriam: morte natural ou jogados no lixo, por cometerem atos que fossem contra as regras da cidade dos botões. Mas o dia mais feliz para a menina era quando saia às pressas e contornava o quarteirão, chegando a casa da costureira. Ela a entendia tão bem. Das mãos habilidosas da simples costureira abria-se novas vidas, pois ela entregava a menina um pequeno saco de cor parda, que tilintava um barulho tão conhecido que enchia a menina de alegria e curiosidade. Eram novos botões... alguns já vinham velhos, maltrapilhos e logo seriam pacientes para o Dr. Henrique no hospital dos botões. Os já muito gastos eram avós que chegavam de outra cidade, alguns eram levados a habitar um pequeno asilo. Os pequenos, eram sempre as crianças... peraltas de todas as cores. Os dourados eram mulherem ricas e no geral fúteis, pois viviam a arrumar os cabelos e fazer as unhas. A costureira numa dessas entregas sorria e dizia a menina: - semana que vem haverá mais, tenho muitas roupas para consertar e fazer. A menina agradecia e saia feliz nomear os novos habitantes. Certa vez, chegou um botão que era comandante, ele era muito galanteador e muitas mulheres douradas se engraçaram por ele. Voltou ao mar e nunca mais o viram. A menina suspeitava que ele havia sido engolido pelo grande monstro feroz, que algumas vezes avançava pela cidade, quebrando e levando vários moradores embora na sua boca salivante. Sempre pedia que a mãe não deixasse Lady entrar em casa, era uma cadela sem modos e sempre provocava pânico entre os botões. O tempo foi passando e as idas a costureira continuaram, mas o número de botões fora diminuindo, muitas vezes a menina levava o saquinho pardo, mas por falta de interesse, nem abria, guardava na caixa de sapatos. Teve um dia que tomou coragem e disse que não precisava mais deles. Agora sentava na cadeira, e folheava a revista da moda, tinha ideias e queria ficar linda em saias, blusas e nas grandes coisas que gostaria de vestir.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
O diário de Nicolas
Nicolas é o meu nome, sou um cão salsicha de 1 ano, que nasceu no dia dos mortos e foi abandonado pelo careca do meu pai. Na verdade, eu gosto de ser filho de pais separados, quase todo mundo hoje em dia é assim. E o meu pai? Ah! o meu pai não gostava muito de mim e só sabia dizer:
- Nossa Nicolas, como você está suado?
Eu não sou jogador do Corinthians pra viver suado, não luto boxe, não faço triathlon, sou só um cão!
- Nossa Nicolas, como você está suado?
Eu não sou jogador do Corinthians pra viver suado, não luto boxe, não faço triathlon, sou só um cão!
SÓ UM CÃO.
Hoje eu moro com a minha mãe, na casa dos meus avós. A minha mãe trabalha como uma louca e vive dizendo:
- Trabalho pra te dar o melhor Nicolas!
Eu queria mais tempo com ela.
Eu adoro quando anoitece e nos dois dormimos agarradinhos.
Tem coisas na vida de um cachorro que são legais.
É legal comer moela de frango no meu prato verde.
É legal brincar com a Duda de lutinha. A Duda é a minha verdadeira amiga, dizem até que nós dois somos namoradinhos, mas eu não liga pra isso não! Sou jovem pra pensar em casamento.
Legal também é correr atrás das visitas, fazendo cara de mau, tomar sol até ficar bem quentinho e comer palitinho assitindo TV.
SUPER LEGAL é brincar de esconde esconde no sofá da vovó, com aqueles buracos gigantescos que eu fiz, ficou da hora!

É andar de carro com a minha mãe querida! Com as orelhas ao vento, sentindo inúmeros cheiros... Andar com o meu avô até a esquina de casa e voltar correndo, fazendo xixi em todos os postes. É SUPER legal também fazer pum embaixo do edredom e ver a cara da minha mãe brava - é tão divertido!
Mas eu confesso, eu tenho um defeitão! Sou muito guloso. Ser guloso me fez entrar numa baita confusão um dia destes...
Meu avô fez a especialidade dele... PIZZA! Eu amo aquele círculo amarelo e cheiroso! Como amo! Eu sempre como um pedacinho, mesmo que muito pequenino, mas neste dia, ninguém me deu, pois a pizza era de ATUM???
Atum??? Que é isso minha gente??? alías, atum integra uma lista de palavras que eu desconheço como cartão de crédito, correspondência importante, sapatos novos, cartela de remédios e outras coisas gostosas de ser mastigadas.
O fato é que a minha mãe disse pra ficar bem longe da pizza de atum! porque cachorrinhos não podem comer atum.
Mas eu não dei muita bola pra minha mãe, aproveitei a ausência dela, escalei a mesa da cozinha como um grande alpinista e abocanhei apressadamente um grande pedaço de pizza de atum! Delícia!
Na verdade parecia ser bom, mas na correria nem senti o sabor direito.
A minha mãe quase me flagrou, mas eu com aquele sorrriso amarelo de quem não sabe nada perguntei:
-Mas mãe, por que cão não pode comer pizza de atum?
- Porque atum é peixe. E peixe da rabugem nos cães.
Comecei a rir, só podia ser coisa da folclore brasileiro - RABUGEM!!!
O que eu não sabia e que o atum em contato com o sangue canino provoca RABUGEM.
RABUGEM pra quem não sabe é uma maldição que os peixes lançaram para os cães que os comem.
O rabo vai ficando cada dia um pouquinho maior, maior, maior e MAIOR...
Meu rabo de fininho foi crescendo e engordando e quando eu vi, não era eu que carregava o rabo e sim o rabo que me carregava.
E o pior é que ele era um rabo desobediente!
Eu comecei a chorar tanto, mas tanto.
Foi quando apareceu uma luz no meu quarto, era a fada Tainha, a fada madrinha dos cães que comem atum e ficam arrependidos. Ou melhor dizendo, a fada madrinha dos enrabujados.
Ah, mas antes de consertar o meu rabo ela me passou um sermão de horas e, o pior e que a fada Tainha fala meio enrolado. Mas depois de horas e horas, meu rabinho voltou ao normal, é claro que eu tive que prometer que atum nunca mais! E desobeceder a mamãe??? Ah isso já é outro papo!
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
A história de um pescador
Essa é uma história japonesa que gosto muito de contar...
Há muitos e muitos anos atrás, numa aldeia junto ao mar, vivia um pescador chamado Urashima Taro e todas as manhãs, ele saia no seu barquinho para pescar. Mas naquele dia não tinha conseguido pescar nada, nenhum peixinho. Mas isso não o deixou desanimado. Amanhã será outro dia e eu terei mais sorte.
Quando voltava para a sua casa, viu uns meninos que maltratavam um filhote de tartaruga, jogavam de barriga pra cima, cutucavam com a vara, machucando a coitadinha. Imediatamente, ele pediu que parassem com aquilo, deu algumas moedas e os meninos sairam a comprar balas. Urashima Taro, pegou a tartaruguinha e levou-a cuidadosamente para junto das águas. O filhotinho foi embora feliz da vida nas brancas ondas do mar.
Alguns dias se passaram, o jovem estava no seu barco, quando ouviu uma voz: - Urashima Taro! Alguém me chama, mais quem? Quando viu, surgiu na sua frente uma enorme tartaruga que disse:
- Desculpa, não quis assustá-lo, alguns dias atrás você salvou meu filhote e como agradecimento gostaria de conduzi-lo ao Paraíso do Fundo do mar.
Ele desconhecia esse lugar, mas aceitou e subiu nas costas da tartaruga e iniciaram uma viagem incrível no fundo do mar. Desceram, desceram e foram cada vez mais fundo, a água ficava cada vez mais azul, peixinhos de todas as cores, flores exóticas e plantas se abriam. Assim que passaram por um túnel, eles entraram num fabuloso jardim, que conduzia a um majestoso castelo.
- Chegamos, é aqui o castelo do Grande Rei Dragão! Disse a tartaruga.
O coração do rapaz disparou de emoção, mais ainda quando viu a princesa, sua voz parecia um canto e ela também agradeceu por ter salvado a vida da tartaruguinha.
O rapaz foi conduzido ao interior do palácio, mas seus olhos nunca tinham visto tamanha beleza! Tudo era lindo. A princesa abria janelas e cada uma mostrava uma estação do ano, tudo colorido e lindo. Um grande banquete foi feito para recepcionar o pescador e peixes ao lado de bailarinas dançavam de maneira encantadora. E passavam dias, como um sonho. Ele sempre rodeado de atenções até, que um dia a saudade bateu. Intensa e repentina. Sentado em uma das pedras do jardim pôs-se a pensar em sua mãe, seus amigos? A princesa logo percebeu e perguntou se ele estava com algum problema. O pescador respondeu, gostei tanto daqui que esqueci de voltar. A princesa tentou de várias maneiras convencê-lo a ficar, mas ele estava firme na sua decisão.
-Eu gostaria que ficasse para sempre, mas entendo a sua decisão! e retirou do bolso uma caixinha dizendo: - isto é um presente, guarde-a como lembrança deste lugar. Só deve prometer que nunca irá abri-la.
- está prometido! muito obrigada pelos dias maravilhosos que passei aqui.
Urashima Taro, despediu de todos e voltou na carapaça da enorme tartaruga a praia, e só pensava na sua mãe, se ela estaria preocupado com ele. Sua ansiedade ia crescendo até que chegou a terra firme, tomou o rumo de casa, mas percebeu que algo estava errado. Cruzava com pessoas que olhavam curiosas, mas não conseguia reconhecer ninguém. E sua casa? não encontrava sua casa? Dirigiu-se a um velhinho para perguntar onde morava a família Urashima.
- Urashima? urashima? não me é estranho! Ouvi dizer que o filho saiu para pescar e nunca mais voltou, mas isso foi a muitos anos atrás. Então quando pensava apenas ter vivido dias naquele paraíso, na Terra havia se passado anos. Urashima vagou sem destino e, ficou tão desanimado que esqueceu da promessa e abriu a caixinha. De dentro, um fio de fumaça bem branquinho foi saindo e envolveu-o por inteiro. Seus cabelos foram ficando brancos e seu rosto cheio de rugas. Em poucos segundos Urashima era um velhinho.
História retirada do livro UrashimaTaro de lúcia Hiratsuka
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
leiturinhas parte II
Mais algumas leituras finalizadas...
Sapos não andam de skate - novas fábulas com novas morais - de Jon Scieszka e Lane Smith - Companhia das letrinhas. O livro é muito bom! São fábulas maluquetes, como a do sapo que não anda de skate, mas acredita em tudo que vê na TV. O elefante que não deveria dar ouvidos ao mosquito entre outras, bem malucas e legais. Diversão na certa e altas risadas...
O elefante e a pulga
Quando o elefante cresce, ele fica também mais responsável. Um dia, ele e a pulga foram ao cinema. Gostaram tanto do filme que viram duas vezes.
-Droga! disse o elefante, olhando para o relógio atrasado para um encontro com o rinoceronte. Ele vai ficar uma fera. você tem dinheiro aí para eu telefonar?
A pulga procurou nos bolsos.
-Não tenho nada. gastei tudo em pipoca.
Então o elefante não ligou. Quando ele chegou em casa do rinoceronte, com um atraso de 20 minutos, o rinoceronte estava uma fera.
Você podia ao menos ter telefonado - disse o rinoceronte
moral: os elefantes nunca esquecem de nada, só algumas vezes.
Chapeuzinho Vermelho uma aventura borbulhante - Lynn Roberts- editora zastras
Uma graça de história, ilustrada por David Roberts, chapeuzinho é um menino que adorava vermelho, seus pais eram donos de uma pensão, e as pessoas vinham de longe provar um saboroso e
borbulhante refrigerante, que também era o preferido da sua avó.
Bom, a história continua, até encontrar o lobo que engole a vovó, mas que depois de provar do refrigerante, dá um arroto tão grande que a vovó sai voando da barriga dele, depois disso eles se tornam amigos.
Sapos não andam de skate - novas fábulas com novas morais - de Jon Scieszka e Lane Smith - Companhia das letrinhas. O livro é muito bom! São fábulas maluquetes, como a do sapo que não anda de skate, mas acredita em tudo que vê na TV. O elefante que não deveria dar ouvidos ao mosquito entre outras, bem malucas e legais. Diversão na certa e altas risadas...
O elefante e a pulga
Quando o elefante cresce, ele fica também mais responsável. Um dia, ele e a pulga foram ao cinema. Gostaram tanto do filme que viram duas vezes.
-Droga! disse o elefante, olhando para o relógio atrasado para um encontro com o rinoceronte. Ele vai ficar uma fera. você tem dinheiro aí para eu telefonar?
A pulga procurou nos bolsos.
-Não tenho nada. gastei tudo em pipoca.
Então o elefante não ligou. Quando ele chegou em casa do rinoceronte, com um atraso de 20 minutos, o rinoceronte estava uma fera.
Você podia ao menos ter telefonado - disse o rinoceronte
moral: os elefantes nunca esquecem de nada, só algumas vezes.
Chapeuzinho Vermelho uma aventura borbulhante - Lynn Roberts- editora zastras
Uma graça de história, ilustrada por David Roberts, chapeuzinho é um menino que adorava vermelho, seus pais eram donos de uma pensão, e as pessoas vinham de longe provar um saboroso e
borbulhante refrigerante, que também era o preferido da sua avó.
Bom, a história continua, até encontrar o lobo que engole a vovó, mas que depois de provar do refrigerante, dá um arroto tão grande que a vovó sai voando da barriga dele, depois disso eles se tornam amigos.
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